Pessoas com Transtorno Obsessivo Compulsivo podem ter sintomas de obsessões, compulsões ou ambos. Esses sintomas podem interferir em todos os aspectos da vida, como trabalho, escola e relacionamentos pessoais.
Os sintomas do TOC envolvem alterações do comportamento (rituais ou compulsões, repetições, evitações), dos pensamentos (preocupações excessivas, dúvidas, pensamentos de conteúdo impróprio ou “ruim”, obsessões) e das emoções (medo, desconforto, aflição, culpa, depressão). Portadores da doença sofrem de muitos medos, como por exemplo o de contrair doenças ou cometer alguma falha. Em virtude desses medos, evitam as situações que possam provocá-los – comportamento chamado de evitação. As evitações, embora não específicas do TOC, são, em grande parte, as responsáveis pelas limitações que o transtorno acarreta.
Causas
Os médicos ainda não são capazes de entender completamente o que está por trás do transtorno obsessivo-compulsivo, mas as principais teorias que cercam as causas da doença dizem respeito a três fatores: a biologia, a genética e o meio ambiente.
Alguns pesquisadores acreditam que o TOC pode ser resultado de alterações ocorridas no corpo ou no cérebro da pessoa. Outros estudos apontam o distúrbio para uma pré-disposição genética – muito embora os genes que estariam eventualmente envolvidos não tenham sido identificados até agora.
Fatores ambientais, como infecções, também parecem estar envolvidos. Pesquisas adicionais, no entanto, ainda precisam ser realizadas para corroborar essa hipótese.
O que já se sabe é que esta doença se manifesta por um conjunto de fatores sendo eles desde hereditários até os fatores relacionados ao estilo de vida, situações de estresse, estrutura familiar frágil.
Fatores de risco
Os principais fatores capazes de aumentar o risco de uma pessoa desenvolver o transtorno obsessivo-compulsiva incluem histórico familiar, como ter algum membro próximo da família com diagnóstico positivo de TOC ou outras doenças psiquiátricas, e acontecimentos traumáticos e estressantes que tenham ocorrido na vida da pessoa, como a morte de um ente querido ou um acidente grave.
TOC atinge a mulheres e homens na mesma proporção e, na maioria dos casos. A doença surge durante a infância ou nos primeiros anos da adolescência, mas também pode iniciar na vida adulta.
Diagnóstico de Transtorno obsessivo-compulsivo
Para ajudar a diagnosticar uma pessoa com TOC, o médico ou especialista em saúde mental pode solicitar a realização de determinados exames e testes, incluindo:
Exame físico
O exame físico é feito no próprio consultório médico e serve, principalmente, para excluir possíveis outras causas dos sinais e sintomas que a pessoa manifestou – além, é claro, de complicações de saúde de um modo geral.
Testes de laboratório
Estes exames podem incluir, por exemplo, um hemograma completo, triagem para detectar a presença de álcool e outras drogas no organismo, além de um check-up geral, principalmente para medir a função da tireoide e para poder iniciar tratamento medicamentoso com segurança.
Avaliação psicológica
Um médico ou profissional de saúde mental poderá lhe fazer perguntas específicas sobre seus pensamentos, sentimentos, sintomas e padrões de comportamento. O especialista pode, também, querer falar com familiares e amigos próximos, a fim de entender melhor o que se passa.
Critérios de diagnóstico
Para ser diagnosticada com TOC, a pessoa deve atender a determinados critérios estabelecidos no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria. Este manual é usado por profissionais de saúde mental de todo o mundo para diagnosticar doenças mentais e por companhias de seguros para reembolsar pacientes e familiares pelos gastos com tratamentos.
Critérios gerais necessários para o diagnóstico de TOC incluem:
Crises de obsessões e compulsões são longas e persistentes e interferem no funcionamento geral da rotina e na qualidade de vida, assim como nos desempenhos no trabalho e na vida social.
Tratamentos e Terapias
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é tipicamente tratado com medicação, psicoterapia ou uma combinação dos dois. Embora a maioria dos pacientes com TOC responda bem ao tratamento, alguns pacientes continuam sentindo os sintomas.
Às vezes, as pessoas com TOC também têm outros distúrbios mentais, como ansiedade ou depressão. Podem acreditar equivocadamente que uma parte de seu corpo é anormal. É importante considerar esses outros distúrbios ao tomar decisões sobre o tratamento. Além disso, é muito importante saber como escolher um bom psicólogo.
Antes de Iniciar o Tratamento com Remédios
Psicoterapia
A psicoterapia pode ser um tratamento eficaz para adultos e crianças com TOC. Pesquisas mostram que certos tipos de psicoterapia, incluindo a terapia cognitiva comportamental (TCC) podem ser tão eficazes quanto a medicação para muitos indivíduos. A terapia é eficaz na redução de comportamentos compulsivos no TOC, mesmo em pessoas que não respondem bem à medicação.
Se você ou um ente querido apresentam sinais do Transtorno Obsessivo Compulsivo, procure um psicólogo. Um profissional experiente poderá ajudá-lo a controlar as obsessões e compulsões. É importante trabalhar as crenças e o medo presente neste quadro.