É comum e rotineiro que o alcoolista tenha o seu grau de motivação muito baixo, pois a sua NEGAÇÃO quanto à sua doença é comumente muito grande. Ante o apelo das propagandas e por ser uma droga lícita, normalmente o dependente de álcool não reconhece ter a doença do alcoolismo e não se enxerga como um alcoólatra ou alcoolista.
O plano de tratamento de alcoolismo (dependentes do consumo de bebidas alcoólicas) que nós oferecemos, foi elaborado visando o que há de mais moderno na reabilitação quanto ao uso do álcool, acompanhando as pesquisas científicas mundiais que mostram a eficácia das técnicas. Desta maneira a reabilitação do dependente é voltada para o âmbito biológico, psicológico e social, esta tríade de tratamento permite ao indivíduo entender os aspectos da dependência de drogas e todos os processos que o leva ao abuso da substância, desta maneira a reinserção à sociedade torna-se mais segura e, consequentemente, diminui o risco de recaída.
Assim como qualquer doença, o alcoolismo também traz consigo sintomas. Muitas vezes, esses sintomas só são notados pelas pessoas que convivem com o dependente, pois este tende a negar sua necessidade.
Em geral, os alcoolistas:
Caso tenha percebido algum desses comportamentos em algum amigo, familiar ou conhecido, tente conversar abertamente, sem repressão, sobre esse problema. Ofereça ajuda, mas não o force a nada.
O que leva uma pessoa a beber? Ou pior: o que leva uma pessoa a continuar bebendo, mesmo que isso já tenha afetado sua saúde, carreira e relacionamentos? Eis uma questão bastante complexa que não tem uma resposta clara. O fato é que se trata de uma doença — e não de uma escolha — com causas obscuras, mas fatores de risco bem definidos:
Facilidade de acesso
Um dos maiores fatores de risco para o alcoolismo é, obviamente, a facilidade de acesso. Por estarmos inseridos numa sociedade na qual o consumo do álcool é visto como algo positivo e divertido, não é de se espantar ao ver como a droga é acessível.
Vale ressaltar que pessoas que nunca beberam álcool não podem virar alcoolistas, pois o alcoolismo acontece com o uso crônico da bebida que, por sua vez, é favorecido e encorajado em nossa cultura.
O consumo de bebidas alcoólicas é, muitas vezes, associado a diversos rituais sociais modernos: festas, bares, baladas, noites de diversão, entre outros.
Quanto mais pessoas bebem ao redor do indivíduo, maior a possibilidade de ele passar a beber também. Isso porque somos seres sociais e precisamos fazer parte de grupos com os quais temos algo em comum.
Ao frequentar esses lugares e participar de situações assim, o indivíduo se expõe cada vez mais à droga, aumentando as chances de desenvolver uma tolerância e dependência.
No entanto, beber socialmente não significa que você se tornará alcoolista, mas fazer isso com frequência certamente é um fator de risco para o desenvolvimento da doença.
Existem evidências de que há um fator genético envolvido no alcoolismo, que podem ser buscadas ao analisar o histórico familiar de diversos pacientes dependentes do álcool.
Filhos de pais alcoolistas têm maiores chances de desenvolver a doença. Quando um gêmeo univitelino (igual) manifesta a dependência, muito provavelmente o outro manifestará também.
Sabemos que é muito difícil diagnosticar o alcoolista, não porque os sintomas não são claros, mas porque eles são muito relutantes em admitir que tem um problema e procurar ajuda. Infelizmente, algumas pessoas precisam que ocorra uma complicação antes de correr atrás de sua saúde. É o caso de muitos alcoolistas.
Não existe exame laboratorial ou de imagem que seja capaz de diagnosticar a doença. Ao invés disso, muitos psiquiatras usam questionários e se baseiam nos critérios diagnósticos do Código Internacional de Doenças (CID).
Critérios diagnósticos do CID-10
De acordo com a décima edição do CID, o diagnóstico da dependência alcoólica é dado quando o indivíduo, nos últimos 12 meses, sentiu ou exibiu pelo menos 3 das seguintes condições:
O processo de tratamento é complexo e demorado, mas pode ser feito com segurança quando acompanhado por profissionais capacitados. Saiba mais:
A primeira etapa do tratamento é a desintoxicação, na qual o paciente entra em um período de abstinência do álcool. Ele deve ser feito com o acompanhamento de um psiquiatra e pode ser necessário internação.
Durante esse período, avalia-se os danos físicos e mentais do consumo de álcool em grande quantidade e por tanto tempo.
Algumas vezes, o médico pode receitar medicamentos para auxiliar na desintoxicação. Eles trabalham controlando a impulsividade e dando sensações desagradáveis ao consumir álcool, por exemplo.
Após a desintoxicação, a psicoterapia é a próxima etapa para a remissão dos sintomas. A abordagem mais utilizada nesses casos é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), que envolve a aprendizagem de técnicas para evitar recaídas, além de auxiliar na mudança de hábitos e pensamentos que podem servir de gatilho para a bebedeira.
Outras abordagens psicoterápicas como a psicanálise e a gestalt-terapia também podem ajudar, especialmente se o hábito de beber está associado a outros transtornos mentais.
Embora a psicoterapia individual auxilie, alguns estudos mostram que a terapia de grupo é mais eficaz na prevenção de recaídas, mudança de hábitos e situações sociais. Existem muitas clínicas e programas especializados na recuperação de alcoolistas.